sexta-feira, 6 de março de 2009

Quero ser Amaury junior

Como consumir é terrivelmente bom!

Percebi isso após minha ultima aquisição material, e percebi também que posso assinar embaixo do que já desconfiava: mente quem diz que dinheiro não traz felicidade. É óbvio que não! Mas entrega delivery, basta pedir.

Minha tristeza foi-se como o nego do cigarro: jamais voltou.
Até que a novidade material perca o encanto de novidade ao menos...

E isso me fez refletir que Paris não tem culpa!
Eu consumo porque sei que me faz bem, ja ela consome porque é a unica coisa que sabe fazer. Uma vez que já nasceu sabendo o que é bom, pra que aprender o resto, não é mesmo?

Viva Mc'Donalds, Coca-Cola, alienação!
Socialismo my ass!!!

Quero ser David Beckham e peidar com aroma de lírio.
Quero ser Adriane Galisteu e fazer a dieta da coca mantendo o nariz (finíssimo) sem raladinho nos cantos!
Quero ser Narcisa Tamborindeguy e jogar ovos em Ipanema!
Quero ser Hebe Camargo e aniversariar no dia da mulher!
Quero degustar vinhos podendo cuspi-los logo em seguida...

UM BRINDE À VIDA!!!
Quero ser Amaury Junior!

Keep it coming on, keep it...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

MY SUPER BITTER TWENTIES!

O auge da degradação moral explícita de nossa juventude ocorreu no ultimo sábado, 07, quando um jovem aniversariante de classe média, que completaria 20 anos, e realizava sua festa em badalado clube da noite paulistana, veio a óbito após sofrer coma alcoólico por ingerir elevada dose de vodka em jejum.

brinks.

Mas caí, vomitei muito, não respondia mais. Acabei no hospital, tomando soro na veia, amparado pela amiga que mais odeia gente retardada, que bebe e dá vexâme, e ela mesma, pobrezinha, nem bebe, mas segurou as pontas do amigo retardado, assim como todos os outros santos que haviam sido convidados para o espetáculo circense surpresa, que ajudaram a carregar o pedaço de carne inerte em que havia me tornado, me sacudiram, me acudiram.

Perdi a própria festa de 20 anos.
Ganhei a certeza de quem são meus amigos.

I went trought hell, I wish I could remove it from my mind.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

QUASE PSICOGRAFADO

Sim, porque isso foi escrito semana passada. Antes dos meus 20 malditos anos, e ainda faz sentido. Talvez agora até mais. Quase como se eu previsse o que completar 20 carnavais significasse... Escrevi quarta passada, e deixei de postar antes por falta de tempo, mas veja você o que escrevi...

Abre aspas:

Essa quarta feira voltei mais cedo do trabalho. Estava em casa ainda antes das seis da tarde, coisa que acho que não acontece já faz quase um ano... Sem nada pra fazer, deitei no sofá da sala, e antes que me desse conta, me peguei assistindo Castelo Rá-Tim-Bum, e sentindo o cheiro da minha mãe fazer a janta da cozinha. Quando o programa acabou e tocou aquela musica já tão conhecida, senti que tinha oito anos outra vez, sendo que no próximo sábado, completo vinte...

E caí em mim:

Onde é que foi parar? Onde é que se perdeu aquele menino que chegava da escola e fazia lição de casa na mesa da cozinha, contando pra mãe com as mesmas palavras, tudo o que havia ouvido durante o dia? Que assistia desenho, tinha vergonha de sexo, e achava cerveja azeda?

Que ponte é essa pela qual passei sem enxergar os próprios passos? Quando foi que decidi afrontar ao invés de obedecer? Onde é que ficaram os diálogos? Com que tijolos construí esse muro que me separou da família, mas sobretudo, me separou até de mim? Fui engenheiro ou construtor? Ou o construíram pra mim sem que eu pedisse nada?

Quando foi que decepcionar se tornou corriqueiro? Eu já gostei de ouvir elogios de quem me criou, mas de repente, comecei a sentir o mesmo prazer quando era minha a palavra final...O grito mais alto... Quando foi que comecei a sentir falta de alguém com quem dividir a minha vida? Sei que não foi hoje, mas só hoje decidi escrever a respeito. Quem é esse alguém? São meus pais? É o amor alheio? Ou o amor próprio?

Quando e como eu descobri que as luzes desfocadas, ofuscando minha insegurança, me faziam tão bem? Tão forte? Que eu precisava de combustível? Que sem o combustível, eu ainda me sentia com a fragilidade dos meus oito anos, mas não com a inocência...

Onde é que eu me perdi?

“Agora, fale-me sobre ti.” Alguém me disse outro dia.

— Quem? Eu? ... Eu quem?

E eu contei tudo o que aqui escrevi. Doeu um pouco admitir, mas foi um pouco bom. Não. Foi muito bom! Esse alguém que quis saber me disse coisas, e assim, me ajudou a voltar à procura.

Está difícil.

Mas aqui estou. ... (?)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

ALTOS E BAIXOS DO FIM DE SEMANA

.
Nada definiria melhor o final de semana que passou (começando da sexta), do que o clichê “espere o inesperado”.
.
A diversão de sexta feira havia sido vetada em casa pela ira de papai e mamãe, mas ainda assim, dei um jeitinho de, depois do serviço, correr pra Paulista a tempo de dar boas vindas ao final de semana e voltar pra casa antes do ultimo metrô. Brindando-o com a loira e a russinha, eu e os coleguinhas ficamos em ponto de bala, nos jogamos na rodinha alheia (de conversa), fizemos amizade, e mais que isso, fizemos aloca. Fui apresentado às outras pessoas da mesa em que estávamos, e já tendo um interesse antigo e resguardado em um dos elementos, acabei me deixando cair em suas graças. Até aí ok. Mas no auge do torpor, e da falta de vergonha na cara, decidi me despedir da nova amizade da minha rodinha, e da rodinha ao lado, que havíamos acabado de penetrar (risos) com um beijinho doce. E até aí ok de novo, não fosse o fato de eu ter beijado ambos os elementos docemente, de uma vez só! Oi? É! Isso mesmo.
.
Para o sábado uma palavra: desgraça.
.
Depois de esperar o dia inteiro pela noite, pois havia uma festinha de aniversário já programada há meses, amarguei a notícia de que a aniversariante não queria mais comparecer à festa (!) pois havia arrumado programa melhor, pelo qual não me interessei muito. Até aí ok, já não esperava muito da festa mesmo, mas o pior foi receber um convite deveras interessante de um affair já quase enterrado sem ter sido morto, e ter que negar, pois o convite aconteceu às 23:00, e pra papai e mamãe, esta não é uma hora adequada. Sonhos com gostinho de fel.

.
Agora o domingo, foi excepcionalmente inesperado.
.
Incrivelmente, depois de ter amargado o sábado o dia inteiro, surgiu uma oportunidade de ir à uma festa que há tempos eu queria saber como era, mas pelas companhias que me levariam até lá, que não eram do agrado da família, e pelo dia pouco favorável em que ocorre, nunca pude ir. Não desperdicei a chance de salvar o final de semana, e lá fui eu, me agarrando à oportunidade que surgira e arrastando comigo, contra todas as probabilidades, a boa amiguinha companheira de infortúnios. Dançamos muito! Subimos descemos e demos uma rodada, mas ainda assim, ainda não tenho uma opinião formada sobre ter ido. A bebida era cara, e descobri que o animo se esgota fácil sem o maldito combustível... De qualquer forma, não vou me remoer por ter perdido a chance, e mesmo não tendo sido tudo o que eu esperava, foi inesperado, e por isso, um pouco bom.
Fora a dor de cabeça e o mau humor em que me fiquei na linda segunda-feira cinza, por ter dormindo apenas duas horas...


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ESPECIALIDADE DA CASA

.
Ontem o jantar foi animado.
.
Decidi lançar em casa, que pretendia sair à noite sexta e sábado.
Isso, "pretendia".
Mamãe foi certeira como uma bala de canhão (registrem a ofensa). O que começou como um diálogo, terminou num monólogo, dela claro, que o resto da familia somente assistiu, uns com mais atenção - meu pai - outros, talvez com a mesma, mas que preferia fingir que nada ouvia além da Juliana Paes em Caminho das ndias - esse era eu.
.
Depois de interferir com um "Não grita, eu to do seu lado", mal sabia eu, havia soltado a besta-fera.
Foi a deixa pra ela começar a dizer que eu não me preocupava com nada além da esbórnia, e que em breve, quando meu salário diminuisse devido a nova lei dos estágios - vale frisar meus profundos agradecimentos a quem teve essamerdaótima idéia - ela pagaria pra ver de onde é que eu arrumaria dinheiro pra sair, pois sou acomodado e não estou preocupado com a situação, pois segundo ela, eu conto com o dinheiro de papai pra tudo. Isso aos gritos, claro.
.
Fiquei puto! Espetei o bife como se fosse o olho dela! O meu bolso é que vai ficar vazio e ela é que sabe o quanto eu estou preocupado com isso? Mas quer saber? Apesar do ódio que engoli e que pode virar um câncer, foi até um pouco bom!
Era o que faltava pra eu me mexer pra por em ordem a jossa do meu portifólio.

Meta: calar a boca de mammãe com notas de R$100,00 assim que passar a ganhar mais num novo emprego.
.
Mas sexta, a balada é no Ed.
Edredon.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

É UM POUCO BOM

.
Acordar cedo, querer engolir a primeira pessoa que dirige a palavra a você, sair de casa e ir trabalhar sozinho com seus fones de ouvido, pra pensar em todos os infortúnios que estão reservados pra você no dia em questão, enquanto olha de rosto em rosto - mais ou menos feio - de gente que te acompanha quase religiosamente todo dia, no mesmo trajeto, de quem você já ficou íntimo sem conhecer, é um pouco bom. Dá margem pra reflexões...
.
Morar com pais tiranos, que te querem em casa antes do final do fantástico no domingo, e que acabam assim, mantendo a saúde do seu fígado... É um pouco bom??
.
Pelo menos você ainda tem o sábado, quando você sai cheio de alegria, se sentindo livre! Afinal, não tem ninguém pra quem deva satisfação! E isso é um pouco...

Bom, você bebe, porque não deve satisfação a ninguém! Bota na cabeça que só quer ficar um pouco bom, mas acabapéssimoótimo! Passando dos limites! Tudo isso pra que? Pra ficar desinibido o bastante... Pra arrumar alguém que queira satisfação sobre a sua vida!
.
Nada disso é ótimo. Nada disso é péssimo porém... Foi só um exemplo...
É sobre viver um dia após o outro, e esperar que o amanhã seja mais generoso que o hoje.
É como comer frutas quando você queria mesmo é comer chocolate.
É um pouco bom.